Sinal dos Tempos: Sou nazista, sim; o protesto da extrema-direita dos EUA contra negros, imigrantes, gays e judeus


12.08.2017 -

Autoproclamados fascistas, supremacistas, nacionalistas e alt-right marcham à luz de tochas e promovem eventos em cidade do sul americano.

n/d

Centenas de homens e mulheres carregando tochas, fazendo saudações nazistas e gritando palavras de ordem contra negros, imigrantes, homossexuais e judeus.

Foi a cena - surreal, para muitos observadores - que desfilou aos olhos da pacata cidade uinversitaria de Charlottesville, no Estado americano de Virgínia.

O protesto, na noite da sexta-feira, foi descrito pelos participantes como um aquecimento para o evento "Unir a Direita", que acontece na tarde deste sábado na cidade e promete reunir mais de mil pessoas, incluindo os principais líderes de grupos associados à extrema direita no país.

A cidade, de pouco mais de 50 mil habitantes e a apenas duas horas de Washington, foi escolhida como palco dos protestos após anunciar que pretende retirar uma estátua do general confederado Robert E. Lee de um parque municipal.

Durante a Guerra Civil do país (1861-1865), os chamados Estados Confederados, do sul americano, buscaram independência para impedir a abolição da escravatura. Atualmente, várias cidades americanas vêm retirando homenagens a militares confederados - o que tem gerado alívio, de um lado, e fúria, de outro.

Os participantes do protesto desta sexta-feira carregavam bandeiras dos Confederados e gritavam palavras de ordem como: "Vocês não vão nos substituir", em referência a imigrantes; "Vidas Brancas Importam", em contraposição ao movimento negro Black Lives Matter; e "Morte aos Antifas", abreviação de "antifascistas", como são conhecidos grupos que se opõem a protestos neonazistas.

Estudantes negros do campus da universidade da Virginia, onde ocorreu a marcha, e jovens que se apresentavam como antifascistas tentaram fazer uma "parede-humana" para impedir a chegada dos manifestantes à parada final do marcha, uma estátua do terceiro presidente americano, Thomas Jefferson.

"Fogo! Fogo! Fogo!", gritavam os manifestantes, enquanto se aproximavam do grupo de estudantes.

Em número bem menor, o grupo que fazia oposicão à marcha foi expulso da estátua em poucos minutos. A reportagem flagrou homens lançando tochas sobre os estudantes, enquanto estes, por sua vez, dispararam spray de pimenta nos olhos dos oponentes.

A polícia, que acompanhou todo o protesto de longe, interviu e separou os dois grupos, enquanto ambulâncias se deslocavam ao local para socorrer feridos pelo confronto.

"Esta manifestação é ilegal", afirmou um dos oficiais aos manifestantes, que se afastaram. A polícia não confirmou se houve presos.

Nazis

"Sim, eu sou nazista, eu sou nazista, sim", afirmou um homem, em frente à reportagem, durante uma discussão com um dos membros do grupo opositor.

n/d

Ao contrário das especulações anteriores, a marcha incluiu muitas mulheres, que também seguravam tochas.

A BBC Brasil conversou com um pai e uma mãe que levaram a filha de 14 anos ao protesto. "Eu aprendi com meu pai que precisamos defender a raça branca e hoje estou passando este ensinamento para a minha filha", afirmou o pai.

"Se não fizermos algo, seremos expulsos do nosso próprio país", disse a mãe. A conversa foi interrompida por um homem forte e careca. "Vocês estão falando com um estrangeiro. Olha o sotaque dele!", afirmou, rindo, em referência ao repórter.

A família se afastou e se juntou ao coro, que cantava "Judeus não vão nos substituir". Os três seguravam tochas.

Outro homem afirmou que estava ali porque "têm o direito de se expressar".

"Gays, negros, imigrantes imundos, todos eles se manifestam e recebem apoio por isso. Porque quando homens brancos decidem gritar por seus direitos e sua sobrevivência vocês fazem esse escândalo?", questionou o homem a um grupo de jornalistas.

Perto dali, sozinho, um rapaz jovem extendida a mão e fazia uma saudação nazista, enquanto era fotografado por fotojornalistas e gritava "Vocês não vão nos substituir".

As tochas são uma marca da Ku Klux Klan, grupo fundado pouco depois da guerra por ex-soldados confederados - derrotados no conflito. Originalmente concebida como um clube recreativo, a KKK rapidamente começou a promover a violência contra populações negras do sul dos EUA.

Por muitas décadas, grupos supremacistas brancos promoveram linchamentos, enforcamentos e assassinatos de negros.

Não houve referências ao presidente americano Donald Trump durante todo o ato. Mas as críticas à imprensa eram constantes e faziam coro com o slogan de Trump: "Não temos medo de 'fake news', seus mentirosos".

Chorando muito, uma estudante era amparada por amigos. "É pior do que a gente pensava. É muito pior. Isso vai virar um inferno."

"A negra está assustada!", gritou uma mulher, rindo junto a um grupo de homens portando tochas.

O prefeito de Charlottesville divulgou uma nota após a marcha, classificando o ato como "uma parada covarde de ódio, fanatismo, racismo e intolerância".

"A Constituição permite que todo mundo tenha o direito de expressar sua opinião de forma pacífica, então aqui está a minha: não só como prefeito de Charlottesville, mas como membro e ex-aluno da universidade de Virginia, fico mais do que incomodado com essa demonstração não-autorizada e desprezível de intimidação visual em um campus universitário".

Para o protesto deste sábado, são esperadas figuras como Richard Spencer, criador do termo alt-right, uma abreviação de "alternative right", ou "direita alternativa", em português. O grupo é acusado de racismo e antissemitismo e têm representantes no governo de Donald Trump.

Esta é a segunda vez que a cidade se torna sede de protestos de grupos supremacistas. Em 8 de julho, aproximadamente 40 membros da sede local da Ku Klux Klan também acenderam tochas em Charlottesville.

Presidente de um organização que define como "dedicada à herança, identidade e ao futuro de pessoas de ascendência europeia nos EUA", Spencer ganhou visibilidade internacional por fazer a saudação "Hail Trump, hail nosso povo, hail vitória", logo após a eleição do republicano.

Formado em filosofia política na Universidade de Chicago, Spencer já declarou que o ativista negro Martin Luther King Jr. era uma "fraude" e um símbolo da "desconstrução da Civilização Ocidental".

Também disse que imigrantes latinos nos EUA estavam "se assimilando ao longo das gerações rumo à cultura e ao comportamento dos afro-americanos" e lamentou que o país estivesse se tornando diferente da "América Branca que veio antes"

Fonte: G1 notícias - Enviado pelo colaborador Vitor Hugo

============================

Nota de www.rainhamaria.com.br

Diz na Sagrada Escritura:

"Proclamai isto entre as nações: Declarai a guerra! Chamai os valentes! Aproximem-se, subam todos os guerreiros! Os vossos arados, transformai-os em espadas, e as vossas foices, em lanças! Mesmo o enfermo diga: Eu sou guerreiro!

n/d

Depressa, nações! Vinde todas: reuni-vos de toda parte! Ó Senhor, fazei descer ali os vossos valentes! De pé, nações! Subi ao vale de Josafá, porque é ali que vou sentar-me para julgar todos os povos ao redor! Metei a foice, a messe está madura; vinde pisar, o lagar está cheio; as cubas transbordam - porque é imensa a maldade dos povos! Que multidão, que multidão no vale do julgamento, porque chegou o dia do Senhor (no vale do julgamento)! O sol e a lua se obscurecem, as estrelas empalidecem. O Senhor rugirá de Sião, trovejará de Jerusalém; os céus e a terra serão abalados. Mas o Senhor será um refúgio para o seu povo, uma fortaleza para os israelitas. Sabereis então que eu sou o Senhor, vosso Deus, que habita em Sião, minha montanha santa. Jerusalém será um lugar sagrado onde os estrangeiros não tornarão mais a passar". (Joel 4, 9-17)

n/d

"Eis o que farei de Jerusalém: um copo inebriante para todos os povos circunvizinhos; também Judá será cercado pelo inimigo com Jerusalém. Naquele dia farei de Jerusalém uma pedra pesada para todas as nações: todo o que se esforçar por levantá-la, sairá ferido; todos os povos da terra se juntarão contra ela. Naquele dia - oráculo do Senhor - ferirei de espanto todos os cavalos, e de delírio os que montam neles. Abrirei os meus olhos sobre a casa de Judá, e cegarei a cavalaria das nações. Os chefes de Judá reconhecerão em seu coração que a força dos habitantes de Jerusalém está em seu Deus, o Senhor dos exércitos. Naquele dia, o Senhor protegerá os habitantes de Jerusalém; o mais fraco dentre eles será valente como Davi, e a casa de Davi surgirá como Deus, como um anjo do Senhor. Naquele dia, procurarei exterminar todo o povo que vier contra Jerusalém". (Zacarias 12, 2-9)

"Vi, então, um anjo de pé sobre o sol, a chamar em alta voz a todas as aves que voam pelo meio dos céus: Vinde, reuni-vos para a grande ceia de Deus, para comerdes carnes de reis, carnes de generais e carnes de poderosos; carnes de cavalos e cavaleiros; carnes de homens, livres e escravos, pequenos e grandes. Eu vi a Fera e os reis da terra com os seus exércitos reunidos para fazer guerra ao Cavaleiro e ao seu exército". (Apocalipse 19, 17-19)

n/d

"Deus é nosso refúgio e nossa força, mostrou-se nosso amparo nas tribulações. Por isso a terra pode tremer, nada tememos; as próprias montanhas podem se afundar nos mares. Ainda que as águas tumultuem e estuem e venham abalar os montes, está conosco o Senhor dos exércitos, nosso protetor é o Deus de Jacó. Os braços de um rio alegram a cidade de Deus, o santuário do Altíssimo. Deus está no seu centro, ela é inabalável; desde o amanhecer, já Deus lhe vem em socorro. Agitaram-se as nações, vacilaram os reinos; apenas ressoou sua voz, tremeu a terra. Está conosco o Senhor dos exércitos, nosso protetor é o Deus de Jacó. Vinde admirar as obras do Senhor, os prodígios que ele fez sobre a terra. Reprimiu as guerras em toda a extensão da terra; partiu os arcos, quebrou as lanças, queimou os escudos. Parai, disse ele, e reconhecei que sou Deus; que domino sobre as nações e sobre toda a terra. Está conosco o Senhor dos exércitos, nosso protetor é o Deus de Jacó" . (Salmos 45)

n/d

"Quando virdes que Jerusalém foi sitiada por exércitos, então sabereis que está próxima a sua desolação. Os que então se acharem na Judéia fujam para os montes; os que estiverem dentro da cidade retirem-se; os que estiverem nos campos não entrem na cidade. Porque estes serão dias de castigo, para que se cumpra tudo o que está escrito". (São Lucas 21, 20-22)

 

Veja também..

Memória dos mártires do campo de concentração de Dachau, onde foram sentenciados e assassinados mais de mil sacerdotes e religiosos católicos

Edith Stein - Santa Teresa Benedita da Cruz, a mulher a quem São João Paulo II chamou de uma mártir da verdade. Uma judia convertida ao Catolicismo, aprisionada pela perseguição nazista aos judeus e à Igreja e morta em Auschwitz

São Maximiliano Maria Kolbe, sacerdote e mártir: O Santo que esteve no Inferno (Auschwitz)

Pulando em judeus mortos: A postura sem misericórdia e desrespeitosa, de certas pessoas de hoje, em relação a seres humanos que foram exterminados, em nome de uma ideologia de superioridade racial

Lembrando que a sociedade atual, conduzida em massa pelo poder das trevas levará milhões de almas para o inferno

 


Rainha Maria - Todos os direitos reservados
É autorizada a divulgação de matérias desde que seja informada a fonte.
https://www.rainhamaria.com.br

PluGzOne