Índia: 12 milhões de meninas foram abortadas, só porque não eram meninos


18.11.2017 -

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Por Micaiah Bilger.

Uma mulher foi brutalmente espancada e mutilada pelo seu ex-marido, e outra foi banhada com gasolina e quase queimada viva simplesmente porque estavam grávidas de meninas.

Os abusos sofridos por mulheres e meninas na Índia nada mais são do que horripilantes. Os pesquisadores estimam que 12 milhões de meninas estão desaparecidas na Índia apenas por causa do aborto. Muitas que conseguem sair para fora do útero são submetidas a negligência, abuso e até mesmo infanticídio e outras formas de assassinato.

Al Jazeera divulgou recentemente o caso e uma mãe indiana que sofreu anos de abuso físico, assédio e intimidação de seu marido, em parte, porque ela continuava carregando os bebês. Duas de suas filhas não-nascidas foram abortadas forçosamente por seu marido.

Como muitas meninas na Índia, os pais de Parveen Khan a tratavam como um fardo. Quando tinha 12 anos, seus pais entregaram-na em casamento a um homem muito mais velho que a espancava, de acordo com o relatório.

Vários anos depois, Khan disse que se apaixonou por um homem chamado Hameed que era apenas alguns anos mais velho que ela. Ela deixou o seu primeiro marido e depois se casou com ele, mas Hameed abusaria de Khan e de suas filhas ainda mais brutalmente do que o seu primeiro marido.

Aqui está mais do relatório:

Três anos depois do casamento, Khan engravidou de sua primeira filha. Hameed não estava muito entusiasmado com isso e expressou o desejo de um filho.

“Passaram-se nove meses e tive uma garotinha. Hameed saiu do hospital quando olhou para nossa filha”, lembrou Khan.

Quando esperava [um bebê] pela segunda vez, Hameed insistiu que o bebê deveria ser abortado se fosse uma menina.

“Três meses depois da minha gravidez, Hameed levou-me ao hospital para descobrir o gênero do meu bebê. Eu gritei e chorei, mas ele me puxou pelos cabelos e me arrastou até o hospital para descobrir”, disse Khan.

“Sem me perguntar, ele me forçou dentro do hospital a matar a menina”.

Seu marido a forçou a abortar pela terceira vez depois de descobrir que era uma menina.

“Eu estava desolada, com o coração partido e não consegui me recuperar do trauma de dois bebês inocentes sendo assassinados apenas por causa de seu gênero”.

Khan disse que abortou outro bebê cerca de um ano depois. As mortes de seus três bebês não-nascidos quebraram o seu coração. Quando ela engravidou novamente em 2006, Khan disse que estava determinada a manter o seu bebê seguro. Segundo ela, enquanto pode, manteve escondido a sua gravidez de Hameed; mas ele descobriu quando tinha cerca de seis meses.

“Nós estávamos discutindo sobre algo e ele ficou zangado comigo, me trancou em uma sala e começou a me bater com um taco de hóquei”, disse Khan à Al Jazeera. “Eu cai no chão e comecei a sangrar e foi quando meu marido descobriu que eu estava grávida. Minha bebê sobreviveu de alguma forma e eu dei a luz a outra bela garota”.

Vários anos depois, Hameed a atacou novamente enquanto ela estava tirando uma soneca. Em um ato de brutalidade total, ela disse que ele mordeu o seu rosto e tentou morder o nariz. Khan disse que gritou por ajuda, mas ninguém veio. Ela disse que cortar o nariz de alguém em “nossa sociedade é uma punição por dar-lhe uma má reputação”.

O rosto de Khan agora está mutilado permanentemente. Ela recebeu inúmeros pontos de sutura e passou um bom tempo no hospital. No entanto, Hameed nunca foi preso, de acordo com o relatório.

Sua história está longe de ser a única. No ano passado, a LifeNews informou sobre outro caso horrível onde uma mulher da Índia supostamente teve gasolina jogada sobre ela na tentativa de incendiá-la porque acreditavam que ela estava grávida de uma menina. Em março, outra mulher morreu junto com sua bebê não-nascida depois de um aborto forçado na Índia.

A discriminação e os abusos contra as mulheres levaram a uma enorme crise populacional no país asiático. Os dados do censo da Índia de 2011 mostraram que haviam 914 meninas por cada 1.000 meninos menores de 7 anos, de acordo com a BBC.

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Em algumas partes do país, o desequilíbrio da população foi ainda pior. Por exemplo, no estado indiano de Tiruvannamalai, os homens superam as mulheres em proporções de 1.000 a 878.

A Al Jazeera relata em um relatório recente do Ministério de Estatística e Implementação do Programa da Índia, que prevê um desequilíbrio de gênero ainda maior nas próximas duas décadas, passando de 1.000 meninos para 904 meninas até 2021 e a 898 até 2031.

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Os líderes do governo indiano tentaram reprimir as práticas discriminatórias de diferentes maneiras. Os abortos e testes de seleção de sexo para determinar o sexo do bebê são ilegais na Índia. Em 2015, alguns dos líderes do país também criaram campanhas sociais criativas para promover o valor das meninas e desencorajar a discriminação de gênero.

Khan disse que espera que a sua história também ajude a acabar com a discriminação.

“Eu quero dizer a todos que as filhas não são um fardo, elas são uma benção”, disse ela.

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Curiosamente, os abortos de seleção sexual não são ilegais em boa parte dos Estados Unidos. Ativistas do aborto têm lutado contra a legislação que tornaria a prática discriminatória ilegal.

Fonte: LifeNews  via  Blog Correio Paulista

 

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