Padre Divino Antônio Lopes: Cada católico deve ser missionário, deve ser Luz do mundo (Mt 5, 14). O trabalho missionário, não consegue permanecer passivo e indiferente diante de tanto paganismo


30.11.2019 - Nota de www.rainhamaria.com.br

Publicado no site em 10.09.2017

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(Aos membros do Movimento Missionário Lanceiros de Lanciano. Escola Pequeno Príncipe, Jaraguá-GO, em 28 de fevereiro de 1999)

Ser missionário  - Padre Divino Antônio Lopes

Na Encíclica “Redemptoris Missio”, nº 3, o Papa João Paulo II escreve: “Nenhum crente, nenhuma instituição da Igreja pode esquivar-se deste dever supremo: anunciar Cristo a todos os povos”.

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Todos os católicos batizados são chamados a serem missionários, a levarem a Palavra de Deus, a única que dá a verdadeira paz àquelas pessoas que estão longe de Deus, a única palavra que ensina o caminho do céu: “Os fiéis leigos, precisamente por serem membros da Igreja, têm por vocação e por missão anunciar o Evangelho: para essa obra foram habilitados e nela empenhados pelos sacramentos da iniciação cristã e pelos dons do Espírito Santo” (Exortação Apostólica “Christifideles Laici”, João Paulo II, n.º 33).

Cada católico deve ser missionário, deve ser “Luz do mundo” (Mt 5, 14), e “Sal da terra” (Mt 5, 13), deve sacudir a poeira do comodismo e descruzar os braços, porque: “É uma vergonha fazer-se de membro regalado, sob uma cabeça coroada de espinhos” (São Bernardo de Claraval), e Santa Teresinha do Menino Jesus escreve: “Uma alma inflamada de amor não sabe permanecer inativa”. Quem ama a Deus e as almas não fica esperando o amanhã, mas inicia rapidamente o trabalho evangelizador, isto é, o trabalho missionário, não consegue permanecer passivo e indiferente diante de tanto paganismo; o Papa João Paulo II na Encíclica “Redemptoris Missio”, n.º 3 escreve: “O número daqueles que ignoram Cristo, e não fazem parte da Igreja, está em contínuo aumento; mais ainda: quase duplicou, desde o final do Concílio. A favor desta imensa humanidade, amada pelo Pai a ponto de lhe enviar o seu Filho, é evidente a urgência da missão”.

Nenhum católico pode dizer: não valho nada, não presto, não tenho tempo... A vocação cristã é vocação apostólica, e Deus dá a graça suficiente para podermos corresponder-lhe.

Santo Antônio Maria Claret escreve: “A caridade de Cristo estimula, incita-nos a correr e voar com as asas do santo zelo. Quem ama a Deus de verdade, também ama o próximo; o verdadeiro zeloso é o mesmo que ama, mas em grau maior, conforme o grau de amor; quanto arde de amor, tanto mais é impelido pelo zelo... Quem tem zelo, deseja e faz as maiores coisas e se esforça para que Deus seja sempre mais conhecido, amado e servido nesta e na outra vida, já que este amor sagrado não tem fim”.

O Lanceiro não pode ficar indiferente diante dessa necessidade da Igreja Católica, ele deve ser um conquistador de almas para Deus, deve apontar para os incrédulos o caminho do céu; o Lanceiro deve ser um foco de luz no meio de tanta escuridão, como está em Fl 2, 14-16: “Fazei tudo sem murmurações nem reclamações, para vos tornardes irreprováveis e puros, filhos de Deus, sem defeito, no meio de uma geração má e pervertida, no seio da qual brilhais como astros no mundo, mensageiros da Palavra de vida”.

Em Mt 20, 3-4 diz: “Ao sair pelas nove horas da manhã, viu outros, que estavam ociosos, e disse-lhes: ‘Ide vós também para a minha vinha”. O Papa João Paulo II, na Exortação Apostólica “Christifideles Laici”, n.º 2 escreve: “A chamada não diz respeito apenas aos pastores, aos sacerdotes, aos religiosos e religiosas, mas estende-se aos fiéis leigos: também os fiéis leigos são pessoalmente chamados pelo Senhor, de quem recebem uma missão para a Igreja e para o mundo”, diz também São Gregório Magno: “Considerai o vosso modo de viver, caríssimos irmãos, e vede se já sois trabalhadores do Senhor. Cada qual avalie o que faz e veja se trabalha na vinha do Senhor”.

O Lanceiro que fica ocioso diante de tanto trabalho não merece permanecer no Movimento, o membro que não se preocupa com o bem espiritual do próximo não pode permanecer no Movimento, porque é perigoso para a sua própria salvação, como está em Tg 4, 17: “Assim, aquele que sabe fazer o bem e não o faz incorre em pecado”, e Ez 33, 7-9 diz: “Ora, a ti, filho do homem, te pus como atalaia para a casa de Israel. Assim, quando ouvires uma palavra da minha boca, hás de avisá-los de minha parte. Quando eu disser ao ímpio: ‘Ó ímpio, certamente hás de morrer’ e tu não o desviares do seu caminho ímpio, o ímpio morrerá por causa da sua iniqüidade, mas o seu sangue o requererei de ti. Por outra parte, se procurares desviar o ímpio do seu caminho, para que se converta, e ele não se converter do seu caminho, ele morrerá por sua iniqüidade, mas tu terás salvo a tua vida”, e também o Papa João Paulo II na Exortação Apostólica “Christifideles Laici”, n.º 3, escreve: “Não há lugar para o ócio, uma vez que é muito o trabalho que a todos espera na vinha do Senhor”. No mesmo Documento, n.º 33, o Papa João Paulo II diz: “Os fiéis leigos, precisamente por serem membros da Igreja, têm por vocação e por missão anunciar o Evangelho”, e São João Crisóstomo também diz: “… Não há sinal e marca que mais distinga o cristão e aquele que ama a Cristo do que a solicitude pelos seus irmãos e o zelo pela salvação das almas”.

A – A Sagrada Escritura e o trabalho missionário

1. Dn 12, 3: “… e os que ensinam a muitos a justiça hão de ser como as estrelas, por toda a eternidade”.

2. Mt 9, 35: “Jesus percorria todas as cidades e povoados ensinando em suas sinagogas e pregando o Evangelho do Reino…”

3. Mc 8, 27: “Jesus partiu com seus discípulos para os povoados de Cesaréia e Filipe...”

4. Mc 10, 1: “Partindo dali, ele foi para o território da Judéia e além do Jordão, e outra vez as multidões se reuniram em torno dele…”

5. Lc 4, 31-32: “Desceu então a Cafarnaum, cidade da Galiléia, e ensinava-os aos sábados. Eles ficavam pasmados com seu ensinamento, porque falava com autoridade”.

6. Lc 4, 38: “Saindo da sinagoga, entrou na casa de Simão”.

7. Lc 6, 17: “Desceu com eles e parou num lugar plano, onde havia numeroso grupo de discípulos e imensa multidão de pessoas de toda a Judéia, de Jerusalém e do litoral de Tiro e Sidônia”.

8. Lc 7, 11: “Ele foi em seguida a uma cidade chamada Naim”.

9. Lc 8, 40: “Ao voltar, Jesus foi acolhido pela multidão, pois todos o esperavam”.

10. Lc 10, 38: “Estando em viagem, entrou num povoado, e certa mulher, chamada Marta, recebeu-o em sua casa”.

11. Jo 7, 1: “Depois disso, Jesus percorria a Galiléia…”

12. Atos 5, 42: “E cada dia, no Templo e pelas casas, não cessavam de ensinar e de anunciar a Boa Nova do Cristo Jesus”.

13. Atos 18, 5: “Quando, porém, Silas e Timóteo chegaram da Macedônia, Paulo começou a dedicar-se inteiramente à Palavra…”

14. 1 Cor 9, 16: “Anunciar o evangelho não é título de glória para mim; é, antes, uma necessidade que se me impõe. Ai de mim, se eu não anunciar o evangelho”.

15. 1 Ts 2, 2: “Decidimos, contudo, confiados em nosso Deus, anunciar-vos o evangelho de Deus no meio de grandes lutas”.

B – Os documentos da Igreja Católica e o trabalho missionário

1. “O número daqueles que ignoram Cristo, e não fazem parte da Igreja, está em contínuo aumento; mais ainda: quase duplicou, desde o final do Concílio. A favor desta imensa humanidade, amada pelo Pai a ponto de lhe enviar o seu Filho, é evidente a urgência da missão” (Cf. Encíclica “Redemptoris Missio”, n.º 3, João Paulo II).

2. “Nenhum crente, nenhuma instituição da Igreja pode esquivar-se deste dever supremo: anunciar Cristo a todos os povos” (Cf. Encíclica “Redemptoris Missio”, n.º 3, João Paulo II).

3. “Como membros de Cristo vivo, a Ele incorporados e configurados pelo Batismo e também pela confirmação e a Eucaristia, obrigados se acham todos os fiéis ao dever de cooperar na expansão e dilatação de seu corpo, para o levarem quanto antes à plenitude” (Decreto “Ad gentes”, n.º 36).

4. “A ação dos fiéis leigos, que, aliás, nunca faltou neste campo, aparece hoje cada vez mais necessária e preciosa. Na verdade, a ordem do Senhor ‘Ide por todo o mundo’ continua a encontrar muitos leigos generosos, prontos a deixar o seu ambiente de vida, o seu trabalho, a sua região ou pátria, para ir, ao menos por um certo tempo, para zonas de missão” (Exortação Apostólica “Christifideles Laici”, n.º 35, João Paulo II).

5. “Aliás, a participação dos leigos na expansão da fé é clara, desde os primeiros tempos do cristianismo, tanto a nível de indivíduos e familiares, como da comunidade inteira” (Encíclica “Redemptoris Missio”, n.º 71, João Paulo II).

Padre  Divino Antônio Lopes FP. “Ser missionário”.
Fonte: www.filhosdapaixao.org.br

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Nota de www.rainhamaria.com.br

Diz na Sagrada Escritura:

"Caminhando ao longo do mar da Galiléia, viu dois irmãos: Simão (chamado Pedro) e André, seu irmão, que lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores. E disse-lhes: Vinde após mim e vos farei pescadores de homens". (São Mateus 4, 18-19)

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"Vós sois meus amigos, se fazeis o que vos mando. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz seu senhor. Mas chamei-vos amigos, pois vos dei a conhecer tudo quanto ouvi de meu Pai. Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi e vos constituí para que vades e produzais fruto, e o vosso fruto permaneça". (São João 15, 14-16)

"Anunciar o Evangelho não é glória para mim; é uma obrigação que se me impõe. Ai de mim, se eu não anunciar o Evangelho!" (I Coríntios 9, 16)

"E orai também por mim, para que me seja dado anunciar corajosamente o mistério do Evangelho". (Efésios 6, 19)

"Os que tiverem sido inteligentes fulgirão como o brilho do firmamento, e os que tiverem introduzido muitos (nos caminhos) da justiça luzirão como as estrelas, com um perpétuo resplendor". (Daniel 12, 3)

 

Veja também...

Padre Divino Antônio Lopes: O missionário deve ser forte, deve enfrentar todas as dores e perigos. Fugir é próprio do covarde. Disse o Santo João Paulo II: Não tenham medo de evangelizar

 


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