Onde Nascem os Valentes: Eles são frutos de resistência em muitas provações, tentações e tribulações, como disse São Paulo - "...possais resistir nos dias maus e manter-vos inabaláveis no cumprimento do vosso dever" (Ef 6,13)


23.05.2021 - Nota de www.rainhamaria.com.br

Publicado no site em 24.11.2019

A seleta guarda pessoal de Davi era formada por homens valentes, a tropa de elite, com habilidades bélicas das mais avançadas da época.

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Eram hábeis no uso do arco e flecha, usavam a mão direita e esquerda para atirar pedras; soldados com essas técnicas, no período dos juízes, eram capazes de acertar um fio de cabelo sem nunca errar (Jz 20.16).

Tinham uma resistência incomum nas batalhas, quando lutavam, mesmo cansados, não soltavam suas armas, ficavam com a mão pegada à espada até tombar o último inimigo. Incríveis! Invencíveis! Verdadeiros supersoldados, exterminando não apenas homens, mas também feras e gigantes.

Em alguns casos, a proporção era de um valente para trezentos, até oitocentos homens da linha inimiga – um dos capitães de Davi se opusera a oitocentos e os feriu de uma vez. Soldados ligeiros como corças e com o aspecto mais de leões do que de homens. Somava-se – porque não dizer a razão de todos esses feitos? – a essas habilidades titânicas, a presença soberana do SENHOR, o qual sempre operava grande livramento.

Mas quem realmente eram esses gladiadores israelitas? Quais suas origens antes das épicas batalhas davídicas? Foram sempre vencedores e colecionadores de troféus? Será que nunca tiveram medo, fraquezas, dificuldades?

Onde, como e por quem foram forjados para alcançarem tão glamorosas vitórias e proezas, a ponto de serem laureados nos anais sagrados da galeria dos heróis-guerreiros de Israel? Enfim, quais suas origens, onde nasceram esses valentes?

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Não se forja um valente nas brisas suaves das campinas melancólicas da vida. Os valentes – guerreiros, vencedores, homens de fé, pessoas de sucesso e vidas solidificadas – são resultados de resistência em muitas provações, tentações e tribulações, como disse Paulo: “…possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes” (Ef 6.13).

A origem dos valentes de Davi não foi diferente. Tiveram, também, uma vida de superação, partindo de um passado obscuro de opressões, pobrezas, dívidas, perseguições e depressão. Eram homens que talvez ninguém acreditasse em sua recuperação e que um dia seriam tão bem-sucedidos, ainda mais no campo de batalha.

No entanto, suas dívidas, conflitos emocionais e frustrações não foram suficientes para barrar a busca de um recomeço. Iniciaram com o desprendimento das cadeias psicológicas de inferioridade que os atormentavam; soltas as amarras, levantaram-se e fizeram uma viagem rumo ao sucesso. As crises existenciais que os oprimiam foram, na verdade, combustíveis que os levaram para um lugar não tão óbvio, uma caverna. Ali suas vidas seriam mudadas para sempre, ou melhor, eles nasceriam de novo – agora como valentes!

Tudo começou sim, em uma caverna. Davi, ao fugir de Saul, refugiou-se na caverna de Adulão (1Sm 22.1,2). Ali, se viu solitário e, em um dado momento, ele próprio sentiu-se desvalorizado; clamou pelo Senhor, queixando-se que ninguém se interessava em cuidar dele (Sl 142.4), mal sabia que ele mesmo era quem cuidaria de um exército vitorioso.

Logo, sua família, todo homem que se achava em aperto, todo homem endividado e todo homem de espírito desgostoso juntaram-se a ele, totalizando uns quatrocentos homens (1Sm 22.2). Foi em Davi que aqueles homens encontraram inspiração e uma liderança para o sucesso, os quais retribuiriam com fidelidade devocional irrestrita (2Sm 21.17).

O próprio Davi, enquanto sozinho se achava, desacreditava acerca de uma possível superação da perseguição que estava sofrendo. Chegou a confessar para Deus, naquela gélida caverna, que estava muito fraco (Sl 142. 6). Mas, ao ver a determinação daqueles homens, chegando a ele naquele estado – superando suas frustrações e buscando ajuda –, entendo que isso o motivou de tal maneira que ele próprio se fez chefe deles (1Sm 22.2).

Foi na caverna de Adulão que os valentes começaram travar suas primeiras batalhas, não com armas, mas com a mente; sem armaduras, mas com a emoção inspirada pelo trovador de harpas; sem exércitos, mas com o Senhor dos exércitos que os confortava através das respostas dos clamores de seu futuro líder (Sl 142.5).

Davi legou a estes homens princípios de vida ­– resultado de um relacionamento pessoal entre ele e Deus – que os tornariam valentes – os Valentes de Davi! (2Sm 23.8-23). Estes não seriam simplesmente vencedores, porque vencedores buscam vitórias, mas quando perdem oprimem-se; valentes, tanto ganhando como perdendo, continuam lutando; vencedores buscam prêmios, valentes buscam sobrevivência; vencedores querem conquistar o pódio mais alto, valentes conquistam superação; vencedores são apenas vencedores, valentes são mais que vencedores (Rm 8.37).

A tão admirada e respeitada história de vida ministerial que você, caro pastor, a cada dia vem construindo e, atualmente, já é reconhecido e laureado, talvez ofusque o início de onde e como tudo começou, impossibilitando o vislumbre de sua origem – provações e superações – indesejada por aqueles que almejam somente ser, mas nunca vivenciar o real nascimento como valente! Porque muitos não esperam – ou não querem – passar pelo “deserto de Midiã”, pelo “calabouço do Egito”, pela “cova dos leões” ou mesmo pela “caverna de Adulão” para tornarem-se valentes!

Os valentes não nascem em jardins arborizados e deleitosos regados por rios, como Adão; mas em quarentena de desertos, sombreados por tentações e provações, como Jesus. Não nascem nos afagos e preferências da casa paterna, mas em covas e calabouços, como José. Valentes não nascem em cortes correligionadas de reis e súditos, mas em cortes constituídas de espias, invejosos, cova de leões e fornalhas, como Daniel, Misael, Azarias e Ananias. Eles não nascem em faculdades e palácios reais, mas em desertos cuidando de ovelhas e ouvindo a voz inconfundível de Deus, como Moisés.

“E que mais direi? Faltar-me-ia o tempo contando de Gideão, e de Baraque, e de Sansão, e de Jefté, e de Davi, e de Samuel, e dos profetas, os quais, pela fé, venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam as bocas dos leões, apagaram a força do fogo, escaparam do fio da espada, da fraqueza tiraram forças, na batalha se esforçaram, puseram em fugida os exércitos dos estranhos. As mulheres receberam, pela ressurreição, os seus mortos; uns foram torturados, não aceitando o seu livramento, para alcançarem uma melhor ressurreição” (Hb 11.32-35). ­­­

Por Cícero Araújo, Bacharel em Teologia pela FAETAD/GLOBAL UNIVERSITY

Visto em: www.gospelprime.com.br

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Nota de www.rainhamaria.com.br

Diz na Sagrada Escritura:

"Comigo está o Senhor, nada temo; que mal me poderia ainda fazer um homem? Comigo está o Senhor, meu amparo; verei logo a ruína dos meus inimigos. Mais vale procurar refúgio no Senhor do que confiar no homem. Mais vale procurar refúgio no Senhor do que confiar nos grandes da terra. Ainda que me cercassem todas as nações pagãs, eu as esmagaria em nome do Senhor. Ainda que me assediassem de todos os lados, eu as esmagaria em nome do Senhor. Ainda que me envolvessem como um enxame de abelhas, como um braseiro de espinhos, eu as esmagaria em nome do Senhor. Forçaram-me violentamente para eu cair, mas o Senhor veio em meu auxílio. O Senhor é minha força, minha coragem; ele é meu Salvador".(Salmos 118, 6-14).

Prece de São Luís Maria Grignon de Montfort, pedindo a Deus missionários:

"Senhor, Vossa Divina fé é transgredida; Vosso Evangelho desprezado; abandonada Vossa religião; torrentes de iniquidade inundam toda a terra. Quase nenhum soldado se alistará em Vossas fileiras, cheio de zelo pela Vossa glória?  Ah! permiti que brade por toda parte: fogo, fogo, fogo! socorro, socorro, socorro! Fogo na casa de Deus! fogo nas almas, fogo até no santuário! Socorro, que assassinam nosso irmão! socorro, que degolam nossos filhos! socorro que apunhalam nosso bom Pai! Si quis est Domini, iungatur mihi: venham todos os bons sacerdotes que estão espalhados pelo mundo cristão, os que estão atualmente na peleja, e os que se retiraram do combate para se embrenharem pelos desertos e ermos, venham todos esses bons sacerdotes e se unam a nós. Vis unita fit fortior, para que formemos, sob o estandarte da Cruz, um exército em boa ordem de batalha e bem disciplinado, para de concerto atacar os inimigos de Deus. Erguei-Vos, Senhor: por que pareceis dormir? Erguei-Vos em todo o Vosso Poder, em toda a Vossa Misericórdia e Justiça, para formar-Vos uma companhia seleta de guardas que velem a Vossa Casa, defendam Vossa Glória e salvem tantas almas que custam todo o Vosso Sangue".

Diz ainda na Sagrada Escritura:

"Em minha cólera requisitei minhas tropas sagradas, e chamei os meus bravos e meus altivos triunfadores. Escutai esse ruído sobre os montes como vozerio de grande multidão; escutai o tumulto dos reinos e das nações reunidas. É o Senhor dos exércitos que passa em revista suas tropas para a batalha". (Isaías 13, 4)

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"Vi ainda o céu aberto: eis que aparece um cavalo branco. Seu cavaleiro chama-se Fiel e Verdadeiro, e é com justiça que ele julga e guerreia". (Apocalipse 19, 11)

 

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