A atriz judia Maia Morgenstern defende "A Paixão de Cristo"


Maia Morgenstern, atriz judia romena que interpreta Maria no filme "A Paixão de Cristo", de Mel Gibson, acha que a acusação de anti-semitismo contra o filme foi "orquestrada deliberadamente" e deixa de lado o fato do judaísmo de Jesus.


Em uma entrevista publicada hoje, sexta-feira, pelo jornal "Adevarul", Morgenstern disse que interpreta "a mãe de Jesus", pois no filme "a idéia da santa virgindade de Maria e da imaculada concepção não aparece".

"A beleza deste filme está em sua universalidade: uma mãe que vê seu filho ser torturado e morto", sintetiza a atriz, depois de opinar que a essência divina do personagem de Jesus não tem tanta relevância no filme.

Ela acrescenta que o amor materno é divino por si mesmo e que o filme não se dirige só à cristandade.

"A tragédia da espécie humana é a mãe (ou o pai) enterrando seu filho", afirma.

Frente às críticas de que o filme se excede em imagens de violência e crueldade, a atriz comenta que Gibson quis mostrar assim que a divindade de Jesus consiste em sua força para superar o sofrimento físico e moral e convertê-lo em perdão e amor.

Maia Morgenstern começou sua carreira no Teatro Judaico do Estado de Bucareste aos 18 anos, para depois ser estrela do Teatro Nacional, do Teatro Bulandra e do Odeon da capital romena.

"Sou judia, sou atriz, tenho 42 anos, sou romena e mãe de três filhos", define-se Morgenstern, protagonista deste filme sobre as últimas horas de Cristo que estreará na Romênia no próximo 9 de abril, em coincidência com a Sexta-Feira Santa.

EFE

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