Artigo do Padre José do Vale - EUA: Exportadores de Seitas


08.10.2009 - “Os Estados Unidos têm força para espalhar as trevas mundo afora”
André Petry - Colunista da Veja

Os Estados Unidos são os maiores exportadores de seitas para o mundo inteiro. É a nação onde maior número de seitas nasce e prolifera para o resto do mundo. Também é a nação que recebe seitas dos quatro cantos do universo. Devido o dólar, a liberdade, a tecnologia e a manipulação religiosa americana tornam-se mais fácil criar, receber e expandir as seitas e outros movimentos religiosos.
O interesse não é só religioso e sim: econômico, político, licencioso, satanista e a desagregação da unidade cultural e artística.
Dos Estados Unidos procedem as mais diferentes seitas: fechadas, apocalípticas, fanáticas; libertinas; capitalistas, exóticas e moderadas.
O renomado pesquisador sobre história, religiões e seitas, o holandês Robin de Ruiter afirma:
“Os Estados Unidos são a nação maçônica por excelência. O poder da maçonaria nessa nação é imenso. Em sua constituição se recolhem vários dos princípios propugnados pela maçonaria. Os seguidores da maçonaria mantêm uma presença muitíssimo ativa nas instituições do governo. Maçons são seus mais destacados líderes. O ex-presidente Bill Clinton é maçom do grau 33 e membro do Conselho de Relações Exteriores. Não só Bill Clinton é maçom, mas também outros 18 presidentes do país o foram, a saber, Washington, Madison, Monroe, Jackson, Polk, Buchanan, A. Johnson, Garfield, Mckinley, os dois Roosevelt, Taft, Harding, Truman, Johnson, Ford, Reagan e George Bush. Na lista maçônica da presidência norte-americana faltam os nomes de Lincoln, Hoover, Eisenhower e Kennedy. O presidente Eisenhower era filho de testemunha de Jeová. Seu pai foi ancião dos Estudantes da Bíblia (nome anterior das testemunhas de Jeová). A casa dos Eisenhower foi utilizada para as reuniões das testemunhas de Jeová durante muitos anos. Outros maçons influentes são ou foram Edward Mandell House, assessor do presidente Wilson, Boutros Boutros-Ghali, Henry Kissinger, Allen Dulles, diretor da CIA, e John Foster Dulles, secretário de Estado norte-americano. Os irmãos Dulles eram descendentes de uma famosa família suíça que introduziu o rito escocês nos Estados Unidos” (1).

A IGREJA DE SATANÁS

“O diabo disse: “Eu te darei tudo isso, se caíres de joelhos para me adorar” (Mt 4, 8 . 9).

Em toda história humana o diabo sempre teve adoradores. Ele é o pai da mentira e têm seus filhos fiéis (Jo 8,44).
O diabo tem apóstolos para pregar seu engano em todo o mundo (2 Cor 11,13.14; Ap 12,9).
Anton LaVey foi agente de publicidade encarregado de dar ao satanismo uma boa imagem. LaVey já pertencia ao satanismo antes dos anos 60, mas não foi senão em 1966 que fundou a Igreja de Satã. Não só Jane Mansfield foi uma grande sacerdotisa dessa igreja, mas também Marilyn Monroe, que participou dos rituais satânico de LaVey, mesmo antes que ele fundasse sua Igreja de Satanás em São Francisco que é reconhecida legalmente nos Estados Unidos.
Aleiser Crowley, um dos fundadores do culto satânico, escreveu o seguinte em seu livro The Book of Law: “Para todos os propósitos, o melhor sacrifício é o de um menino varão de inocência perfeita e grande inteligência”.
Um príncipe Negro (bruxo satanista negro) calculou que nos Estados Unidos se realizam cada ano de 40 a 60 mil sacrifícios humanos. Em muitos países existem “granjas humanas”, onde se descobriram bebês desde 11 dias até quatro meses de idade, para prover os sacrifícios humanos.

DECADÊNCIA MORAL

Thomas Macauley, um parlamentar britânico, escreveu em 1857 estas palavras sensatas sobre os Estados Unidos: “Sua República será tão terrivelmente despojada e devastada pelos bárbaros do Século XX quanto foi o Império Romano no Século V, com a seguinte diferença – os bárbaros e os vândalos que assolaram o Império Romano vieram de fora, e os seus bárbaros e vândalos estarão engendrados em seu próprio país”. Tragicamente, estamos testemunhando isso hoje, tanto na frente moral quanto na econômica.
O tsunami econômico está sendo alavancado pelos poderosos lideres mundiais de mover drasticamente o mundo em direção a uma economia global e a uma moeda mundial. A recente reunião do G20 em Londres, denominada “A Cúpula de Londres 2009”, confirmou essa virada brusca para a esquerda, para longe da proeminência americana e em direção à globalização. Em 6 de abril de 2009, a revista Time publicou o artigo “Será que o Todo-Poderoso Dólar Esta Arruinado?”, uma crônica sobre o consenso cada vez maior de que o sistema de reserva do dólar está com os dias contados. O primeiro-ministro britânico Gordon Brown disse que os dias da primazia dos Estados Unidos acabaram e que “problemas globais requerem soluções globais”.
Robert Bork, em seu livro Slouching Towards Gomorrah (Despencando em Direção a Gomorra) diz: “A cultura americana é complexa e se recupera com facilidade. Mas também não se deve negar que há muitos aspectos de quase todos os ramos de nossa cultura que estão piores do que jamais estiveram e que a podridão está se alastrando”. É triste, mas é verdade. O desastre nacional de quase 50% de nascimento de filhos ilegítimos, uma indústria de pornografias de 12 bilhões de dólares ao ano, e 50 milhões de abortos desde 1973 são flagelos terríveis no cenário nacional americano.
“Além disso, o movimento homossexual continua a impulsionar suas ações, confirmando tragicamente a descida cada vez mais intensa para dentro da espiral mortal do julgamento descrito em Romanos 1.24-31. O casamento homossexual foi legalizado em Massachussetts e em Connecticut já há algum tempo, e outros estados o estão legalizando agora”, escreve o Dr. Mark Hitchcock, pastor e escritor americano.

 


O FIM DA DOMINAÇÃO

Com a recessão na economia americana, a renda das famílias nos Estados Unidos caiu em 2008, e a pobreza subiu ao seu nível mais alto em 11 anos, segundo relatório divulgado ontem. Em 2008, metade dos americanos ganhava menos do que US$ 50.303 por ano – um valor 3,6% menor que em 2007, numa queda que interrompeu três anos seguidos de alta. Já a taxa de pobreza subiu de 12,5% em 2007 para 13,2% no ano passado. Com isso, o número de pobres cresceu para 39,8 milhões, num aumento de 2,6 milhões em relação a 2007.
Os números constam do relatório anual sobre renda, pobreza e seguro-saúde do Departamento do Censo dos EUA. O documento destaca que o declínio na renda mostra que os gastos do consumidor terão papel limitado como propulsor da recuperação da economia.
Ainda de acordo com o relatório, a queda acentuada nos preços dos imóveis residenciais e das ações alimentou a perda recorde de US$ 13,9 trilhões na riqueza das famílias dos EUA desde meados de 2007. O governo americano informou ainda que o número de pessoas sem cobertura de seguro-saúde subiu de 45,7 milhões em 2007 para 46,3 milhões no ano passado (3).
A revista Time (24 de março de 2008) pode estar certa: “O século XXI subverterá muitos dos nossos pressupostos básicos sobre a vida econômica. O século XX viu o final da dominação européia sobre a política e a economia globais. O século XXI verá o fim da dominação americana”.

CONCLUSÃO

Seitas, coca-cola, capitalismo, invasão cultural e militar fazem parte da política dos Estados Unidos.
Esta nação é contaminada em demasia pela soberba e pela divisão sectária.
São 6.161 denominações protestantes nos Estados Unidos e 33.820 ao redor do mundo, segundo o Dictionary of Chistianity in America.
A causa principal do abandono da fé protestante é a divisão, o cisma. Este é o maior escândalo para o cristianismo.
Um sistema religioso que se divide muito prova a falta de obediência a Palavra de Deus e a falta de respeito e amor ao próximo.
Por falta desse amor, a nação americana tem sua história religiosa manchada de sangue de irmão matando irmão da mesma fé.
O sectarismo religioso americano a onde chega, causa também o sectarismo social, político, econômico, cultural, religiosos e familiar. Daí é o nosso dever rejeitar rigorosamente toda e qualquer que seja a proposta sectária americana.
A nossa unidade católica prova que somos fiéis a Palavra de Deus, cristãos ortodoxos e libertos de toda armadilha sectarista americana ou de qualquer outra parte do mundo.
Por amor a verdade da Boa Nova de Nosso Senhor Jesus Cristo e da Santa Tradição da Igreja de Deus temos a obrigação de denunciar todo sistema religioso sectário dos Estados Unidos.
O império das seitas americanas deve ser combatido para o bem da humanidade.

Pe. Inácio José do Vale
Especialista em Ciência Social da Religião
Professor e Pesquisador de Seitas
E-mail: [email protected]


NOTAS:
(1) RUITER, Robin de. O Anticristo: Poder Oculto Por Trás da Nova Ordem Mundial, São Paulo: Editora Ave-Maria, 2005, pp. 59,60 e 72.

(2) Chamada da Meia Noite, Setembro de 2009, pp. 14 e 15.

(3) O Globo, 11/09/2009, p.25.

André Petry, Veja, 10/11/2004, p.126.
 


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